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Solidão: a maior doença entre idosos

Cada pessoa envelhece de uma forma, porém, segundo especialistas, os idosos são mais suscetíveis às doenças físicas e cognitivas, e também mais vulneráveis ao isolamento social, fato que tem chamado cada vez mais a atenção dos profissionais e familiares que lidam com idosos.

Este isolamento muitas vezes ocorre quando o idoso chega em um momento da sua vida no qual ele se vê sem um propósito ou um papel social, e sem planos para o futuro. As razões por trás disso são inúmeras, sendo que as principais são a morte do companheiro ou amigos, falta de planejamento pós aposentadoria, e doenças limitadoras. A aposentadoria muitas vezes vem acompanhada da perda total de atividades, sejam estas de trabalho ou de lazer, e este processo que deveria ser gradual e trazer novas atividades mais prazerosas para a vida do idoso, acaba se tornando uma mudança repentina e brusca com repercussões negativas.

Doenças limitadoras que trazem incapacidade física ou mental também contribuem para o isolamento do idoso, uma vez que este não se sente mais capaz de socializar com outras pessoas e acaba preferindo ficar só a interagir.

Além da sensação de vazio, tristeza e piora na autoestima, a solidão também aumenta o risco de depressão e doenças cardiovasculares e, por estes motivos, não deve ser ignorada. É importante ressaltar que velhice não é sinônimo de solidão, e que este quadro pode ser evitado com planejamento. O idoso, tanto saudável quanto frágil, pode frequentar grupos que prezem pela socialização e estimulação, e a família também pode auxiliar buscando manter o vínculo frequente com o idoso, sempre da melhor forma possível.

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Rebeca Caldeira

Bacharel em Gerontologia pela Universidade Federal de São Carlos. Mestranda em Gerontologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, onde desenvolve pesquisa com cuidadores de idosos também idosos. Especialista em Estimulação Cognitiva para idoso pelo Instituto Pinus Longaeva. Capacitada para ministrar Dança Sênior pelo Instituto Bethesda. Atualmente, desenvolve trabalho como gerontóloga no Conviva Day Care, em Indaiatuba.

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