Grupo Conviva

A importância de aprender a tocar um instrumento musical na terceira idade

Aprender a tocar um instrumento em uma idade precoce permite que o cérebro desenvolva seus potenciais em diferentes níveis de criatividade e raciocínio; por isso é altamente recomendável que desde pequenos os pais incentivem seus filhos a tocar um instrumento musical.

Mas se o desejo de aprender a tocar guitarra, violino ou piano aparece já em idade avançada, aos 60 anos de idade ou mais, você pode fazê-lo? A resposta é: Sim. E é altamente recomendável.

É bem verdade que ao longo dos anos o funcionamento cerebral sofre alterações, fazendo com que a capacidade deste órgão diminua significativamente se não cuidarmos dele. Uma pesquisa recente feita por médicos de vários países apontam que as pessoas com mais de 60 anos, quando submetidas à prática musical e se exercitaram com algum tipo de instrumento como piano, violão ou violino, mostraram-se menos suscetíveis a doenças cerebrais como Alzheimer e esquizofrenia. Constatou-se que a prática de um instrumento musical nos torna mais lúcidos e criativos, estimulando todo o cérebro a se exercitar.

É essencial compreender que um adulto mesmo com idade avançada possui capacidade de aprender e pode sim utilizar os benefícios da música para exercitar o cérebro. Os neurônios nunca param de crescer não importa a idade da pessoa, por isso, não há obstáculo entre o querer aprender e a vontade de fazer.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Max Planck de Neurociência e Cognição Humana de Leipzig, na Alemanha, a música é uma das principais formas para conservar memórias de pessoas além de ajudar diretamente no tratamento de doenças como Alzheimer e outras demências. A pesquisa revelou que a lembrança musical é armazenada em regiões do cérebro diferentes daquelas que guardam as lembranças associadas à conhecimentos, experiências pessoais, aprendizados – e que são esquecidas com o avanço da doença.

Segundo os neurocientistas, o processo de recordação de músicas é diferente do processo de recordação de outras atividades, pois a música está diretamente associada à emoções, e experiências emocionais intensas tendem a ser as lembranças mais douradoras. Isto explica porque algumas pessoas não reconhecem seus familiares ou sabem como voltar para casa, mas conseguem se lembrar de músicas que gostavam antigamente.

“Se a música está ligada a um momento prazeroso que a pessoa teve na vida, no momento em que ouvir, ela também trará prazer e alegria. Uma das coisas que nós cultivamos no tratamento dos pacientes com Alzheimer é viver cada momento com a melhor qualidade de vida possível”, comenta o Dr. Renato Anghinah, Coordenador do Núcleo de Neurologia do Hospital Samaritano.

por Marcos Leonardo de Souza (Psicopedagogo e Educador Musical)

Sobre o Autor Ver todos os posts

Grupo Conviva

Um espaço humanizado para o idoso. Um novo conceito no cuidado para o idoso. Com espaço situado em uma área verde de 5 mil m², em Indaiatuba, ele aproxima as pessoas da natureza, oferecendo qualidade de vida através de estímulos, trocas de experiências, socialização e convivência em grupo.

1 ComentárioDeixe o seu comentário

Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios são marcados *