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Envelhecimento: genética ou hábitos de vida?

O processo de envelhecimento está associado à diversas modificações no corpo humano, tanto físicas quanto cognitivas. Apesar deste processo ser universal, ou seja, atingir todos os indivíduos, a forma e velocidade nas quais estas alterações se manifestam variam significativamente entre as pessoas. Isso porque o envelhecimento é heterogêneo, e acomete cada pessoa de uma forma. É comum observarmos um indivíduo de 90 anos em um estado de saúde geral mais positivo do que um indivíduo de 60 anos, por exemplo.

Nos últimos anos, os estudos têm apontado que tanto a genética quanto os hábitos de vida influenciam a forma como envelhecemos. No entanto, a carga genética não parece ser o principal fator a influenciar este processo, pois aproximadamente 30% do nosso envelhecimento está relacionado aos genes que herdamos de nossos pais e avós.

O restante parece estar fortemente relacionado aos hábitos que desenvolvemos durante toda a vida. Ou seja, indivíduos que se alimentam de forma saudável e equilibrada, não possuem vícios deletérios como alcoolismo e tabagismo, praticam regularmente atividade física, fazem com frequência exames médicos de rotina, buscam um equilíbrio emocional e têm uma vida social satisfatória, terão mais chances de envelhecerem com qualidade e saúde, tanto física quanto mental.

Estes hábitos devem ser seguidos desde a infância e não existe prazo para que sejam interrompidos, pois é muito importante que o indivíduo mantenha-se ativo fisicamente, mentalmente e socialmente mesmo depois de se aposentar ou atingir uma idade mais avançada.

O Japão, exemplo a ser seguido, possui uma das populações mais envelhecidas do planeta. Na província de Okinawa concentra-se o maior número de centenários do mundo, sendo que a grande maioria vive de forma autônoma e independente. Este grupo apresenta comportamentos que se repetem em outros grupos de grandes longevos existentes em outros continentes, como a boa alimentação e prática de atividade física. É importante ressaltar que este estilo de vida é adotado ao longo da vida e mesmo nas idades mais avançadas não é abandonado.

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Rebeca Caldeira

Bacharel em Gerontologia pela Universidade Federal de São Carlos. Mestranda em Gerontologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, onde desenvolve pesquisa com cuidadores de idosos também idosos. Especialista em Estimulação Cognitiva para idoso pelo Instituto Pinus Longaeva. Capacitada para ministrar Dança Sênior pelo Instituto Bethesda. Atualmente, desenvolve trabalho como gerontóloga no Conviva Day Care, em Indaiatuba.

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