Polifarmácia é o termo utilizado para definir o uso contínuo de vários medicamentos. Fato que, atualmente, é extremamente frequente e comum entre idosos, uma vez que é um grupo etário com maior índice de doenças crônicas, insuficiências e fragilidades. Porém, um problema sério acerca deste tema é que muitas vezes as indústrias farmacêuticas contribuem para a medicalização exagerada, através dos profissionais da saúde, contribuindo para o excessivo uso de fármacos, necessários ou não para determinadas comorbidades e para a saúde geral do indivíduo.
Apesar de os medicamentos serem extremamente necessários, os idosos são mais suscetíveis aos efeitos colaterais dos mesmos, que podem inclusive incrementar patologias já existentes, e portanto a polifarmácia está associada ao aumento do risco e da gravidade das reações adversas aos medicamentos, de favorecer interações medicamentosas, de causar toxicidade cumulativa, de ocasionar erros na utilização das medicações, de reduzir a adesão ao tratamento e elevar a taxa de mortalidade.
Dessa forma, para evitar riscos desnecessários, tratamentos preventivos e não farmacológicos devem ser priorizados, principalmente para os idosos. Como exemplos podemos citar: exercícios físicos, acompanhamento nutricional, acupuntura, yoga, fisioterapia, entre outros.
É extremamente importante que os idosos e seus familiares/cuidadores evitem a automedicação, sendo também necessário que os médicos e demais profissionais da saúde se conscientizem a respeito, e passem a prescrever e administrar medicamentos apenas quando houver real necessidade.