Em nossa cultura familiar, é natural que os filhos saiam de suas casas depois de uma certa idade, o que pode gerar em seus pais adultos ou idosos a chamada ‘Síndrome do Ninho Vazio’, ou seja, a sensação de solidão física ou mental que os atinge, independentemente de ser homem ou mulher, ter ou não emprego, ou algum outro interesse fora da família. Este processo pode causar tristeza, vazio, sensação de inutilidade, incapacidade de concentração, fadiga, preocupação excessiva, e até sentimento de culpa quando a relação entre pais e filhos passou por momentos difíceis.
É importante entender que a síndrome do ninho vazio deve ser algo pontual e deve ter uma hora certa para acabar. No entanto, se essa tristeza se prolongar e for caracterizada também por uma falta de outros propósitos e objetivos, a situação pode se transformar em depressão. A menopausa pode ser ainda um agravante para as mulheres, pois o período do climatério, culminando com a menopausa e a síndrome do ninho vazio, pode afetar sua auto-estima, sua auto-imagem, sua percepção de utilidade, o que pode fragiliza-la ainda mais emocionalmente.
Para evitar que este processo se transforme em algo negativo para os pais, algumas medidas podem ser tomadas:
- Preparar-se antecipadamente para a saída dos filhos, tanto emocionalmente quando em quesitos práticos.
- Encontre outras atividades e prazeres, como trabalhos, cursos e amizades.
- Conte com seu companheiro para redescobrir vida a dois, e aproveite todos os momentos.
- Procure expor para os filhos os pontos positivos e negativos deste momento e, se necessário, peça o apoio e dedicação dos mesmos.
- Entenda que a distância física apenas altera a forma de convivência entre pais e filhos, e não significa a perda de proximidade.