Grupo Conviva

O olhar da Musicoterapia para o Idoso

Partindo de uma formação terapêutica em Musicoterapia, e de um referencial teórico humanista existencial, é inevitável deixar de ver cada indivíduo como um ser pleno de possibilidades a serem desenvolvidas, descobertas e redescobertas. Acredita-se que a integração de cada participante em um grupo de musicoterapia tem importância ímpar. A escuta e valorização de cada opinião, seja na escolha do repertório, do instrumento que vai tocar ou na
história de vida com imagens que associou ao cantar uma canção que vai nos contar, acrescentam e enriquecem nossas vivências e dinâmicas musicoterápicas presentes nas sessões e atendimentos em grupos com idosos na musicoterapia.

Nos momentos de interação musical, privilegiamos o idoso enquanto sujeito do processo terapêutico, dando ênfase a conteúdos que priorizem seus interesses, motivações, experiências acumuladas, histórias de vida e contexto social.

Geralmente, o musicoterapeuta trabalha em uma equipe interdisciplinar com gerontólogos, fisioterapeutas, cuidadores, psicólogos, nutricionistas entre outros, possibilitando a promoção da saúde do idoso e sua qualidade de vida. Além disso, trabalhando o aumento da motivação e objetivando um alcance terapêutico, a musicoterapia levará o idoso à auto expressão de seus sentimentos através da músicas solicitadas, ao resgate da autoestima , e à maior aceitação das
dificuldades advindas do processo natural do envelhecimento.

Nas sessões são utilizados instrumentos musicais percussivos de fácil manuseio, e não é necessário saber tocar ou cantar previamente para fazer musicoterapia. As canções acabam por revelar a “subjetividade e existencialidade interna do ser”, ou seja, seus conteúdos internos.

Assim, a capacidade de cantar é inerente a todo ser, em qualquer idade. A autovalorização advinda da escuta terapêutica e o cantar possibilitam a autoconfiança – cantar, encantar e se encontrar; adquirindo assim a qualidade de vida e saúde mental como resultado do fazer musical, sempre revelando este olhar diferenciado para a saúde do idoso.

Sobre o Autor Ver todos os posts Autor

Talita Ribeiro Passoni

Apemesp 354 | CBO- 2263-05 | Musicoterapeuta, Bacharel em Musicoterapia pela UNESPAR- FAP (Faculdade de Artes do Paraná – Curitiba – PR no ano de 2003. Flautista, formada no curso básico de música – instrumento flauta doce do Conservatório Municipal Maestro Henrique Castellari – Salto – SP no ano de 1996. Atualização no curso de Pós – Graduação (disciplina optativa) de Educação Especial pela Unimep ( Piracicaba – SP) – 2006. Pós – Graduada no curso de Arte, Educação e Terapia do SEAD – Isepe no ano de 2012. Palestrante em Simpósios Brasileiros de Musicoterapia nos anos de 2006 e 2009 com artigos publicados. Participante de eventos da área a nível regional, nacional e internacional.

2 ComentáriosDeixe o seu comentário

  • Existe um grupo de idosos que se encontram periodicamente para tocar seu instrumento, cantar ou mesmo para ouvir música em Curitiba?

  • Boa tarde, tudo bem?
    Meu nome é Viviane e sou aluna de psicologia, vou realizar meu TCC sobre musicoterapia na terceira idade, gostaria bastante de conhecer um pouco mais do seu trabalho.

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