A desospitalização, ou seja, a retirada do indivíduo do ambiente hospitalar para dar continuidade aos cuidados e tratamento em outro local – como sua própria casa – é uma prática bastante recente e ainda pouco frequente.
Porém, esta realidade vem sendo mais comum com o avanço da medicina e outras áreas afins nos últimos anos. Muitas famílias e médicos tem apostado em uma melhor recuperação do idoso fora do ambiente hospitalar de forma segura e eficiente, buscando um local mais aconchegante e amigável, onde o indivíduo possa ficar mais próximo de familiares e amigos. Ou seja, o principal objetivo da desospitalização é humanizar o processo de recuperação do idoso.
É importante ressaltar que esta prática não significa dar alta precocemente para o paciente, uma vez que a equipe de saúde deve visitar a residência do paciente, levar aos familiares as opções de cuidados fora do hospital e acompanhá-los nas visitas a esses lugares para que a transição hospitalar seja segura e tranquila para todos – pacientes, familiares e equipe de saúde. Outra vantagem é a redução dos riscos à saúde que o hospital gera, como infecções hospitalares – e muitos médicos alegam que a hospitalização de idosos deve ser feita somente em casos de doenças graves ou em necessidade de cirurgia.
Além dos benefícios para o idoso e sua família, a desospitalização também é vantajosa para o hospital e para a comunidade como um todo, uma vez que contribui também para um aumento no número de leitos oferecidos aos que estão aguardando uma vaga para internação, acarretando também na redução de custos para o hospital sem afetar a saúde do paciente.