Muitas vezes, quando não nos preparamos ao longo da vida, lidar com o envelhecimento pode ser difícil tanto para o idoso quanto para as pessoas que vivem ao seu redor. O fato de a velhice ser considerada a última fase da vida pode levar os idosos a terem medo e se questionarem sobre várias coisas, como por exemplo, o que pode acontecer depois, ou se há um depois. Além disso, a morte de familiares próximos, amigos e o cônjuge, podem acentuar esse sentimento de falta de esperança e medo do futuro.
Por isso, é aconselhável que cuidadores e familiares trabalhem a espiritualidade do idoso, estimulando-o a se apegar a uma crença religiosa ou simplesmente ter fé em uma entidade. Essa fé pode ajudar o idoso a ter uma experiência mais tranquila nessa fase da vida.
A espiritualidade e a depressão
A depressão pode ser considerada a doença que mais tem relação com crenças religiosas e espirituais. Normalmente, idosos que não possuem nenhum tipo de crença estão mais propensos a desenvolver a depressão. A ansiedade é outro sentimento que pode ser atenuado com a crença espiritual. Para Harold G. Koenig, autor do livro Religião e Saúde, “a ansiedade que o idoso sente, por medo da morte, parece diminuir à medida que o idoso se torna mais espiritualizado”, afirma.
Se apegar a uma idealização ou a uma força maior é capaz de fazer com que o idoso consiga superar de forma mais fácil alguns obstáculos que surgem na terceira idade, como o surgimento e agravamento de doenças e até mesmo o luto. Além disso, a importância da espiritualização dos idosos também se dá pelo fato de que, ao alimentar sua crença e fé, os idosos se sentem mais seguros e aptos a tomar algumas decisões, como medidas suportivas de vida e maior aceitação da morte.
Aceitando a velhice
A espiritualidade também pode ajudar o idoso a enfrentar algumas situações adversas, amparando-o de forma emocional e motivacional e aumentando o senso de propósito e o significado da vida. Por isso, é possível acreditar que a religiosidade e a espiritualidade em idosos é capaz de contribuir para o bem-estar na velhice, além de estimular a adaptação e aceitação de momentos difíceis, tornando os idosos mais tranquilos e felizes.