Cada pessoa envelhece de uma forma, porém, segundo especialistas, os idosos são mais suscetíveis às doenças físicas e cognitivas, e também mais vulneráveis ao isolamento social, fato que tem chamado cada vez mais a atenção dos profissionais e familiares que lidam com idosos.
Este isolamento muitas vezes ocorre quando o idoso chega em um momento da sua vida no qual ele se vê sem um propósito ou um papel social, e sem planos para o futuro. As razões por trás disso são inúmeras, sendo que as principais são a morte do companheiro ou amigos, falta de planejamento pós aposentadoria, e doenças limitadoras. A aposentadoria muitas vezes vem acompanhada da perda total de atividades, sejam estas de trabalho ou de lazer, e este processo que deveria ser gradual e trazer novas atividades mais prazerosas para a vida do idoso, acaba se tornando uma mudança repentina e brusca com repercussões negativas.
Doenças limitadoras que trazem incapacidade física ou mental também contribuem para o isolamento do idoso, uma vez que este não se sente mais capaz de socializar com outras pessoas e acaba preferindo ficar só a interagir.
Além da sensação de vazio, tristeza e piora na autoestima, a solidão também aumenta o risco de depressão e doenças cardiovasculares e, por estes motivos, não deve ser ignorada. É importante ressaltar que velhice não é sinônimo de solidão, e que este quadro pode ser evitado com planejamento. O idoso, tanto saudável quanto frágil, pode frequentar grupos que prezem pela socialização e estimulação, e a família também pode auxiliar buscando manter o vínculo frequente com o idoso, sempre da melhor forma possível.