Com o passar dos anos, o envelhecimento do nosso corpo nos obriga a dar uma atenção especial para a pele, que sofre diariamente agressões do ambiente externo e do nosso próprio organismo. Ao envelhecer, a pele perde componentes essenciais, o que a torna mais frágil. Leia Mais
Autor -Grupo Conviva
A UFSCar reúne em cartilha algumas orientações para famílias tornarem o ambiente domiciliar mais seguro para o idoso!
Desenvolvida pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a cartilha é toda ilustrada e reúne dicas para adaptar o ambiente familiar e evitar quedas de idosos, prezando sempre o conforto e uma melhor qualidade de vida para todos da terceira idade.
Os sintomas clássicos e comuns da pneumonia entre jovens e adultos podem aparecer como tosse e secreção amarelada, esverdeada ou com sangue; dores no peito ou nas costas; falta de ar; mal estar intenso, febre alta e constatante. Leia Mais
Um dos maiores desafios políticos, sociais e econômicos da atualidade, especialmente em países em desenvolvimento, é lidar com o envelhecimento da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, chegando a 33,4% da população. Se por um lado, envelhecer é uma dádiva, uma grande conquista da humanidade, já que significa que vencemos a morte precoce, superamos a pobreza extrema, as doenças infecciosas e a falta de acesso aos cuidados básicos à saúde, temos então muitos motivos para celebrar. Por outro lado, ainda não sabemos envelhecer, ainda não sabemos aceitar a velhice e conviver com ela, ainda não há espaço e valorização adequada ao idoso em nossa sociedade. Temos muitos motivos para evoluir.
Segundo o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), a idade que marca o ingresso para a velhice é 60 anos, porém, como afirma Beauvoir (1990/1970) “A idade cronológica e a idade biológica estão longe de coincidir sempre: a aparência física informa mais que os exames fisiológicos sobre a nossa idade” (p. 40); sendo assim, não podemos homogeneizar os indivíduos desta faixa etária. A velhice deve ser pensada pela ideia de curso de vida, como um processo gradual que contempla a dimensão histórica, social e biográfica do indivíduo.
Os estudos apontam que o processo de envelhecimento biológico se inicia aproximadamente aos 30 anos, quando ainda pensa-se ser muito jovem para planejar a própria velhice; também indicam que apenas 30% do envelhecimento é representado pela genética, os outros 70% estão relacionados aos hábitos de vida, ou seja, podem sofrer influência de programas educacionais de promoção da saúde.
É muito comum relatos de idosos quanto ao desconhecimento de planejamentos financeiros, cuidados com a própria saúde, decisões quanto à profissão, ao tempo dedicado à família, entre outros, que teriam sido diferentes se soubessem o impacto que teriam na velhice.
Diante desta realidade, urge construirmos uma visão do envelhecimento não como uma fase da vida, mas como o resultado de um processo ao longo da vida, na qual medidas preventivas devem ser tomadas na tentativa de se garantir dignidade pessoal, capacidade de participação social e um envelhecimento autônomo e independente. Devemos buscar o que a OMS chama de envelhecimento ativo: “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas”.
Neste âmbito, o conceito da palavra “ativo” refere-se à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, tornando a longevidade uma experiência positiva, mesmo que carregada de algumas limitações, trazendo maior qualidade de vida aos anos que conquistamos com os avanços.
É, ao longo do curso da vida, que as diferentes experiências, as influências biológicas e da cultura, vão contribuir para o aumento da capacidade de reserva cognitiva, emocional, funcional, relacional e financeira para a velhice. São essas reservas, nossas possíveis garantias de um envelhecimento ativo e bem-sucedido.
Alguns hábitos são comumente divulgados como benéficos para a promoção da saúde, tais como: praticar atividade física, alimentar-se adequadamente, não fumar ou consumir bebidas alcoólicas excessivamente, ter uma boa qualidade de sono, entre outros. No entanto, é preciso de muito mais para uma reserva adequada.
Pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo apresentou a importância de controlar doenças crônicas como hipertensão e obesidade para evitar o aparecimento de demências.
Manter-se mentalmente ativo traz benefícios à memória e ao processamento das informações, para tanto é importante estar sempre envolvido, interessado em aprender coisas novas, desenvolver novas habilidades e capacidades. Por exemplo, um estudo desenvolvido na Universidade de Edinburgh, na Escócia, comprovou que idosos que aprenderam uma língua estrangeira ao longo da vida apresentaram melhores resultados principalmente em testes de atenção, foco e fluência; além de poder retardar o aparecimento dos sintomas da Doença de Alzheimer em 5 anos, segundo outro estudo desenvolvido no Canadá.
Atividades sociais, culturais e de lazer também produzem um efeito positivo na estrutura e função cerebral, além de favorecer a interdependência, a solidariedade, o convívio e a troca entre pessoas da mesma idade e diferentes gerações.
Independentemente das possíveis e discutíveis reformas na Previdência Social, é preciso um planejamento financeiro para a velhice. Período que pode ser de tempo livre para aproveitar em viagens, por exemplo, mas que também pode demandar muito recurso com tratamentos médicos. Envelhecer bem, com certeza também inclui uma reserva financeira apropriada, que deve surgir através de uma educação financeira a ser pensada ao longo de toda a vida.
Em resumo, o que queremos dizer até o momento é que envelhecer bem é apenas o resultado de uma vida inteira regrada, planejada, bem cuidada! Não se pode esperar chegar à terceira idade para preocupar-se com todos os aspectos que podem garantir uma velhice bem-sucedida, é preciso aprender a envelhecer muito antes disso; da mesma forma que passamos a infância e adolescência preparando o indivíduo para a idade adulta, devemos nos preparar para a terceira idade, minimizando as perdas funcionais e seus impactos. Programas educacionais, políticos, sociais, econômicos e de saúde devem ser desenvolvidos desde a infância, permitindo que se aprenda a conviver com os idosos que cada vez estarão em maior número na população e para aprendermos a envelhecer de forma ativa e com qualidade de vida.
Cada vez mais vemos pessoas cuidando de seus pais ou avós idosos, que por inúmeras razões passaram a precisar de algum tipo de ajuda e suporte. O problema enfrentado por estas pessoas é que a grande maioria não foi preparada para exercer tal função, seja fisicamente ou psicologicamente. Por isso, muitas vezes os familiares se esgotam e ficam sobrecarregados, prejudicando a própria saúde e diminuindo a capacidade de cuidar.
Por isso, o Grupo Conviva separou algumas dicas que podem auxiliar a rotina de quem cuida de um familiar:
1) Não faça tudo sozinho
Muitas vezes o cuidador principal assume todas as funções para si, mas esta tarefa não deve ser atribuída apenas para uma pessoa. Organize-se e divida com irmãos ou outros parentes as tarefas, compromissos e os gastos financeiros, de forma que todos contribuam e ajudam de alguma forma. Também existe a possibilidade de contar com a ajuda de um cuidador profissional ou de algum serviço que cuide do idoso enquanto o familiar pode descansar e realizar suas atividades sem se preocupar com o idoso, como é o caso dos Centros-Dia.
2) Adapte a casa
Hoje em dia existem várias estratégias que facilitam o trabalho do cuidador, como barras de segurança dos banheiros e corredores, rampas de acesso, pisos anti-derrapantes, luminárias em todos os cômodos entre outras. Além disso, é importante retirar os tapetes e móveis do caminho do idoso, para evitar quedas.
3) Cuide de si também
Muitos cuidadores acabam esquecendo de cuidar de si próprio, principalmente pelo cansaço extremo e falta de tempo. É muito importante que o cuidador tenha uma boa noite de sono, pratique atividades físicas e tenha algum tempo de lazer por semana. Para isso, ele precisa de ajuda e dividir esta tarefa com outras pessoas, como dito no primeiro item deste texto. Além disso, boa alimentação, muita água e consultas de rotina ao médico é crucial.
4) Busque ajuda
Hoje em dia existem vários grupos de apoio à cuidadores de idosos, alguns até online. É importante buscar que tipo de apoio é oferecido em sua cidade, pois estes momentos aliviam a carga pesada decorrente do cuidar e proporciona um maior equilíbrio emocional, além de oferecerem diversas estratégias de resolução de problemas para as situações difíceis do dia-a-dia.
4) Tente encarar sua situação de forma otimista
Ter um familiar que precisa de ajuda pois está doente nunca é fácil. Porém, alguns estudos mostram que muitos cuidadores encontraram pontos bastante positivos ao desenvolver esta tarefa, como orgulho e auto valorização em poder ajudar a outra pessoa, novos aprendizados, maior proximidade com aquele ente querido e um novo significado para a vida. Assim, ao adotar uma perspectiva mais otimista da situação, o cuidador pode sentir-se menos sobrecarregado e afetado pelo ato de cuidar.
O Acompanhamento Terapêutico (AT) com idosos é uma modalidade ainda pouco conhecida da psicologia clínica que foca na prevenção e na promoção da saúde mental do idoso, visando garantir-lhes uma melhor qualidade de vida.
Esta forma de intervenção psicológica se difere da psicologia tradicional realizada em consultório, pois o “setting” do trabalho terapêutico se dá no espaço cotidiano do idoso, ou seja, nos espaços onde as atividades diárias acontecem. Atividades como fazer compras, passear, ir ao banco, encontrar amigos, visitar museus, teatros e até mesmo ir a consultas e exames médicos, entre outras, são facilitadas com o apoio do psicólogo.
Dessa forma, o acompanhante terapêutico, psicólogo, provoca um movimento de resgate à autonomia e empoderamento que contribui para que o idoso, no seu dia a dia, desenvolva suas próprias formulações e soluções diante de diversas situações conflituosas, possibilitando a ele conforto e bem estar físico e mental.
Especialistas afirmam que idosos que dançam possuem um ótimo equilíbrio físico e mental, além de serem mais saudáveis e alegres, afastando assim os sintomas da depressão. Além dos benefícios sociais, a dança também produz um importante estímulo no cérebro, aumentando sua circulação de maneira que as áreas adormecidas sejam estimuladas. Dessa forma, a capacidade da memória e o raciocínio também são melhorados! Leia Mais
Segundo pesquisas, estar entre pessoas queridas e ter uma vida social ativa pode ajudar – e muito – a preservar a saúde física e mental dos idosos, podendo proteger contra a depressão e o avanço de doenças relacionadas ao funcionamento cerebral. Outros estudos também mostram que manter uma vida social intensa e prazerosa pode até aumentar a longevidade dos idosos!
Isso acontece porque, entre outros motivos, as atividades sociais exigem esforços das redes neurológicas, dos músculos e dos ossos, partes do corpo são responsáveis por manter nossa independência funcional. Além, claro, de estimular os hormônios do corpo relacionados ao bem-estar e a felicidade.
Atualmente, existem diversas possibilidades para que o idoso possa continuar ativo e possa manter uma boa qualidade de vida. Alguns exemplos são os Centros Dia (ou Day Care), os Centros de Convivência, Universidades da Terceira Idade, entre outros. Estes espaços promovem atividades em grupo direcionadas aos diferentes perfis de idosos, com diferentes objetivos cada uma, gerando sempre um retorno extremamente significativo a cada um dos participantes. Através das atividades e da interação social gerada entre os idosos, desenvolve-se o senso de bem-estar emocional, assim como a melhora no funcionamento físico e mental.
Entre idosos que possuem Doença de Alzheimer, é bastante comum ocorrer em alguns dias uma alteração de comportamento no período do final da tarde (períodos crepusculares). Este fenômeno é conhecido como “Síndrome do Pôr do Sol”, e geralmente o idoso mostra-se bastante ansioso, agitado e muitas vezes agressivo, comportamentos que podem se estender por minutos ou até horas, fazendo com que a síndrome seja cansativa e esgotante não só para o idoso, mas também para seus familiares e cuidadores. Leia Mais
A artrite e a artrose (também conhecida como osteoartrose) são processos inflamativos e degenerativos de uma ou várias articulações do corpo, causando dores intensas e rigidez. Apesar de poder acontecer com qualquer pessoa, são bastante frequentes entre idosos. Por isso, separamos algumas recomendações para preveni-las:
- Emagrecer. O sobrepeso e a obesidade estão associadas entre as mulheres à osteoartrose de joelho, e em menor grau à de quadril. As chances de uma mulher ter osteoartrose de joelho aumentam em 60% para cada 5 kg de peso a mais. Além disso, as mulheres que perdem 5 kg de peso reduzem em 50% seu risco de desenvolver osteoartrose de joelho.
- Praticar atividade física. A fraqueza do quadríceps, músculo que fica na frente da coxa, está associada ao desenvolvimento de osteoartrose no joelho. Os melhores são os exercícios resistidos (aqueles realizados contra alguma forma de resistência à contração muscular) que fortalecem os músculos, e os de alongamento, que permitem um ângulo de movimentos adequado.
- Comer bastante frutas, verduras e legumes. A Organização Mundial da Saúde recomenda que as pessoas comam ao menos 400g desses alimentos por dia, e numa série de estudos observou-se que a quantidade ótima era a partir de 600g por dia. No caso da osteoartrose, uma alimentação rica em vitamina C ou D diminui em três vezes o surgimento e/ou a piora da osteoartrose.
- Ser cauteloso com esportes de impacto, como por exemplo o futebol. Acredita-se que o risco possa ser minimizado através do treinamento adequado e, no caso de uma lesão, através da completa recuperação da junta envolvida antes do retorno ao esporte.